O primeiro abrasivo empregado para jateamento, isso há mais de 100 anos. Atualmente, o uso da areia é proibido no processo de jateamento.
As principais características da areia usualmente empregada para jateamento são:

1) É um produto de baixo custo, encontrado com facilidade, já classificado e, em alguns casos, lavado para relativa purificação.

2) Seu baixo custo não justifica industrialização apurada, fazendo com que a classificação não seja confiável havendo ocorrência de impurezas como óxidos e salitre.

3) O maior inconveniente da areia é a presença de sílica livre em sua constituição, cuja penetração nos alvéolos pulmonares, provoca a doença chamada “silicose”, irreversível e, portanto, incurável. O mesmo não acontece com outros materiais, como o vidro, a granalha de aço, o óxido de alumínio e abrasivos orgânicos, os quais são eliminados por não conterem sílica livre. Os perigos para a saúde do operador são de tal ordem que, nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, seu uso é terminantemente proibido, já havendo no Brasil, restrições por parte da CETESB, da FEEMA e de algumas CIPAs e outras organizações que zelem pela saúde.

4) Outro ponto importante a ser considerado é a facilidade com que a areia se fragmenta, principalmente quando se utilizam bicos em maquinas de jato por pressão.
Usando-se pressões de 100 p.s.i. (7kg/m2) adotadas para se obter eficiência operacional já após o primeiro cilco, 70% do total resultam pulverizados, adimitndo-se, em geral, um segundo aproveitamento apenas antes da substituição total do material.

5) A rápida pulverização, com a intensa formação de finos, não só reduz a eficiência do processo como aumenta os riscos do operador, dificulta qualquer processo de reclassificação e, em equipamentos, requer exageradas capacidades de exaustão (visibilidade interna) e de coleta de pó (filtros coletores).

6) A quantidade de pó gerado, quando em operações a céu aberto, provoca intensa poluição atmosférica, que, levada pelo vento, pode atingir grandes distâncias.

7) Pela mesma razão, ainda que com grandes capacidades de exaustão, que assegurem velocidades internas de circulação de ar da ordem de 880 pés/min. (25 m/min), há uma decantação do pó sobre as peças e sobre o piso da cabine de difícil remoção, assim como a acumulação de grandes columes também no coletor, com todos os problemas de coleta e transporte.

208) Ainda mais com areia, é quase impossível a obtenção de um padrão de ancoragem uniforme e repetitivo, condição essencial para obedecer às especificações usuais de preparação de superfícies para revestimentos de maior responsabilidade.

9) É claro que a areia é indispensável nos casos de limpeza de peças ao ar livre. As dificuldades de recuperação tornam proibitivo o uso de materiais mais caros. Nesse caso, deve ser dada especial atenção aos sistemas de proteção dos operadores evitando-se o uso de simples máscaras filtrantes que sempre permitem a passagem das partículas mais finas que são, exatamente, as mais prejudiciais. Somente a presença dos capacetes e filtros não basta, devem ser adotadas, paralelamente, severas normas de segurança e treinamento, informando aos operadores a gravidade dos riscos à sua utilização e manutenção dos equipamentos disponíveis.

  • Telefone
    +55 (11) 3388-3534

  • Rua Muniz de Souza, 306
    Aclimação, São Paulo - SP

© Copyright 2024 zirtec por getsource